Dicção x Fluência, ou... Devo Falar as Línguas em que Canto?
Há alguns anos tive uma aula com uma grande cantora brasileira que começou a conversa nos seguintes termos:
'Ópera é teatro em música, como você espera atuar em uma língua que desconhece?'
Pois bem... não tive outra resposta naquele momento além de ficar calada e correr atrás do prejuízo.
Olha, por mais que você ache que a tradução (vaga) do sentido do que está cantando é o suficiente, quando canta numa língua que realmente fala percebe que esteve (se) enganando o tempo todo. E ao público.
Você pode argumentar: 'Mas a platéia também não fala a língua em questão!'. Te digo, baseada na minha experiência, que a platéia sabe direitinho que está sendo enganada por alguém que usa da música para fazer exposição dos seus (muitas vezes pobres) dotes vocais. Pois além dos dos dotes vocais que expressão se pode esperar de alguém que sequer sabe o que diz?
Hoje em dia existem cursos online onde você paga um valor fixo de anualidade e aprende qualquer língua que deseje pelo computador ou tablet sem limite de nível (procura lá Babbel e Rosetta Stone entre outros).
Pessoal, eu posso estar sendo dura com vocês, mas acreditem que ainda vão me agradecer pelo toque. O seu prazer passa a ser aquele que sente o intérprete, não apenas o de vocalizador.
Vamos elevar o nível buscando uma preparação a sério?